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Fechar diastema central é uma necessidade estética para muitas pessoas que não gostam dos seus dentes separados.

As opções de tratamentos para resolver este problema estético são:

  1. Fechar diastema com movimentação ortodôntica;
  2. Fechar diastema com materiais restauradores;
  3. Combinar as duas técnicas.

A forma escolhida para fechar o diastema vai depender de diversos fatores relacionados à origem do espaçamento entre os incisivos centrais.

Fechar diastema com aparelho ortodôntico

Normalmente o que provoca a separação entre os incisivos centrais é a movimentação destes dentes. Por isso, trazê-los de volta para a posição correta pode ser uma boa ideia.

  • Vantagem: Os dentes são mantidos em seu estado natural, sem restaurações que podem mudar de cor, quebrar ou infiltrar no futuro.
  • Vantagem: Se o paciente tiver outros problemas ortodônticos, estes serão resolvidos simultaneamente, durante o tratamento com aparelho.
  • Desvantagem: A ortodontia é um processo mais lento que o fechamento realizado através de restaurações estéticas.

Apesar da movimentação ortodôntica ser muito eficiente, nem sempre o fechamento do diastema se dá simplesmente puxando um dente na direção do outro.

É importante compreender o que provocou a separação. Fazendo um diagnóstico criterioso do caso.

Diastema provocado por mordida profunda

Em uma mordida profunda, os incisivos inferiores tocam por trás dos superiores, projetando-os para frente e separando-os.

Para fechar diastema neste caso, será necessário corrigir a mordida profunda primeiro, intruindo (movimentando para dentro do osso) os incisivos inferiores.

Só então será possível fechar o espaço da arcada superior. Caso contrário haverá sempre uma tendência à reabertura do diastema.

 

Diastema provocado por perda de dentes

A perda de um ou mais dentes posteriores também pode provocar a movimentação dos dentes da frente separando-os.

Estes casos podem incluir ainda desvios de linha média e devem ser tratados com aparelhos ortodônticos.

Movimenta-se os dentes para suas posições originais para fechar o diastema central e depois recoloca-se os dentes perdidos através de implantes ou próteses.

O mesmo efeito pode ocorrer se houver um dente ectópico, ou seja, fora da posição, como um canino “encavalado”.

Como este dente está virtualmente “fora” do arco, os outros podem se deslocar na direção do espaço, permitindo a abertura do diastema.

Nesta situação, é comum o diastema fechar na medida em que o dente volta para a sua posição correta na arcada.

Fechar diastema com restaurações de resina

A causa do diastema central pode não ser a posição dos dentes, e sim a sua forma ou tamanho.

Nestes casos, as restaurações estéticas, facetas ou lentes de contato são uma alternativa interessante para resolver o problema.

  • Vantagem: Podemos recuperar as dimensões corretas dos dentes e com isso obter sorrisos mais naturais.
  • Vantagem: Os procedimentos são bem mais rápidos que um tratamento ortodôntico.
  • Desvantagem: Se o paciente tiver outros problemas de posicionamento dos dentes, estes não poderão ser resolvidos apenas com restaurações.
  • Desvantagem: Se os dentes já têm no tamanho normal, aumentá-los vai deixá-los muito largos causando ainda mais desarmonia.

Diastema provocado por dentes estreitos

Muitas vezes encontrarmos pacientes com dentes muito estreitos, que, por este motivo, não chegam a se tocar.

Se a largura dos dentes é pequena, movimentá-los para fechar o diastema central pode incliná-los demais para dentro. O resultado fica esteticamente ruim.

Esta situação pode ser facilmente resolvida com restaurações de resina, facetas ou lentes de contato de porcelana como mostra a figura abaixo (clique para ampliar):

Dentes conóides (mais largos na altura da gengiva e mais estreitos no bordo), podem criar um “falso” diastema central, pois se tocam junto à gengiva, mas se afastam próximo ao bordo.

Como já existe o toque no nível da gengiva, não há como aproximá-los mais, portanto, não adianta tentar puxar um dente contra o outro.

Este é mais um exemplo em que restaurar os dentes funciona melhor do que movimentá-los.

Fechar diastema combinando ortodontia e restaurações

Existem casos em que a combinação das duas abordagens é a melhor opção para alcançar um bom resultado.

Geralmente iniciando com ortodontia e finalizando com restaurações ou próteses.

É importante que o ortodontista trabalhe com precisão na definição da largura de cada dente para que depois, possam ser restaurados mantendo as proporções e simetria.

Microdontia de incisivos laterais superiores

Um exemplo clássico é a microdontia de incisivos laterais superiores, que é um problema relativamente comum.

Como os incisivos laterais são muito pequenos nestes casos, é comum que os centrais se afastem criando o diastema central.

Devemos corrigir o posicionamento dos centrais, fechando o diastema com ortodontia. A separação passa a ficar entre os incisivos laterais e os centrais.

Os laterais são então restaurados, restabelecendo as dimensões e proporções corretas.

 

Anodontia de incisivo lateral

A falta de um ou dos dois incisivos laterais é relativamente comum de ser encontrada e normalmente, vai produzir um diastema.

A ocorrência de um lateral conóide (microdente) com a ausência do outro é mais uma forma de manifestação do mesmo problema.

O procedimento nestes casos é similar ao anterior: O ortodontista vai redistribuir os espaços na boca, mas agora, com o objetivo de obter espaço para o implante do(s) dente(s) ausente(s) no lugar de apenas aumentar a largura dos dentes presentes na arcada.

Se você tem um diastema central e quer fechá-lo, deve procurar um dentista clínico ou ortodontista de confiança para orientá-lo quanto à melhor opção para o seu caso.

Muitas vezes há mais de uma forma de resolver o problema, como vimos nos exemplos acima, então, a orientação de um bom profissional é muito importante.

 

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